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Medicina Legal de Costa Rica - Edición VirtualVol. 34 (2), Setiembre 2017. ISSN 1409-0015
REVISIÓN
RISCO DO USO DO FORMOL NA ESTÉTICA CAPILAR
RIESGO DEL USO DEL FORMOL EN LA ESTÉTICA CAPILAR
Josemar Vinicius Maiworm Abreu Silva*
Carla Costa Gomes
1
Carla Cerqueira Gonçalves
2
Rodrigo Grazinoli Garrido
RESUMO:
Buscou-se determinar a apresentação nos meios de comunicação dos riscos do uso de formol na estética capilar por meio
de notícias de lesões corporais e morte; reconhecer a percepção de prossionais cabeleireiros da cidade de Petrópolis-
RJ, Brasil, sobre esses riscos e evidenciar a presença da substância em cosméticos. Para tanto, analisaram-se matérias
jornalísticas, divulgadas após 2007, relacionadas a casos reais de exposição ao formol. Realizou-se também inquérito com
12 prossionais cabeleireiros, buscando determinar o conhecimento sobre a presença ou adição de formol em produtos
alisantes e dos riscos à saúde ocasionados pelo uso da substância, além da relação que faziam entre o formol e ocorrências
clínicas neles próprios ou em seus clientes. Na ocasião, foram solicitadas amostras de produtos para a determinação
qualitativa do formol. Das 12 amostras analisadas, 9 (75%) apresentaram teor de formol superior a 0,01%. Reconheceu-se
que apesar da regulamentação e de algum conhecimento dos cabeleireiros sobre os riscos, o uso do formol em alisantes
continua. Foi possível detectar a substância nos produtos examinados. Entretanto, diminuíram as reportagens sobre casos
de intoxicação aguda por formol na estética capilar.
PALAVRAS-CHAVE: formaldeído, tratamento capilar, alisamento capilar, intoxicação, lesão corporal
* Biomédico; Mestrando em Metrologia e Qualidade;
Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial do CNPq
1 Biomédica; Especialista em Análises Clínicas
2 Biomédica; Especialista em Análises Clínicas
3 Bimédico; Graduado em Segurança Pública; MSc; PhD;
Perito Criminal, Diretor do IPPGF
Professor Adjunto de Medicina Legal - FND/UFRJ
Professor Adjunto do Mestrado em Direito - UCP
e-mail: grazinoli.garrido@gmail.com
Recibido para publicación: 26/05/2017 Aceptado: 15/07/2017
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RESUMEN:
Se buscó determinar la presentación en los medios de comunicación de los riesgos del uso de formol en la estética capilar
por medio de noticias de lesiones corporales y muerte; Reconocer la percepción de profesionales peluqueros de la ciudad
de Petrópolis-RJ, Brasil, sobre esos riesgos y evidenciar la presencia de la sustancia en cosméticos. Para ello, se analizaron
materias periodísticas, divulgadas después de 2007, relacionadas a casos reales de exposición al formol. Se realizaron
también encuestas con 12 profesionales peluqueros, buscando determinar el conocimiento sobre la presencia o adición de
formol en productos alisantes y de los riesgos a la salud ocasionados por el uso de la sustancia, además de la relación que
hacían entre el formol y ocurrencias clínicas en ellos mismos o en Sus clientes. En la ocasión, se solicitaron muestras de
productos para la determinación cualitativa del formol. De las 12 muestras analizadas, 9 (75%) presentaron un contenido
de formol superior al 0,01%. Se reconoció que a pesar de la reglamentación y de algún conocimiento de los peluqueros
sobre los riesgos, el uso del formol en alisantes continúa. Es posible detectar la sustancia en los productos examinados. Sin
embargo, disminuyeron los reportajes sobre casos de intoxicación aguda por formol en la estética capilar.
PALABRAS CLAVE: formaldehído, tratamiento capilar, alisamiento capilar, intoxicación, lesiones corporales.
ABSTRACT:
It was sought to determine the media presentation of risks formaldehyde used in hair aesthetics, by the news about personal
injury and death; recognize the perception of hairdressing professionals in Petrópolis-RJ, Brazil, on these risks and highlight
the presence of the substance in cosmetics. Therefore, it was analyzed newspaper articles, published after 2007, related to
real cases of exposure to formaldehyde. It was also conducted survey of 12 professional hairdressers and to determine the
knowledge of the presence or addition of formaldehyde in hair straighteners products and the health risks caused by the use of
the substance and the relation that were between formaldehyde and clinical events in themselves or its customers. At the time,
product samples were requested for the qualitative determination of formaldehyde. In the 12 samples, 9 (75%) had concentration
greater than 0.01% formaldehyde. It was recognized that despite the regulation and some knowledge of hairdressers about the
risks, the use of formaldehyde in hair straighteners continues. It was possible to detect the substance in the products examined.
However, it were decreased the reports of cases of acute formaldehyde toxication in hair aesthetics.
KEYWORDS: formaldehyde, hair treatment, hair straighteners, intoxication, personal injury
INTRODUCCIÓN
Mudanças na forma e cor dos cabelos têm sido, desde o início das civilizações, um dos indicadores de beleza. A moda
não se restringe às vestimentas, mas expande-se aos cabelos, gerando uma busca incessante por uma aparência
diferenciada
1
. Tais preocupações com a beleza reetem-se no grande consumo de produtos para higiene pessoal,
perfumaria e cosméticos. Apesar de queda no mercado no ano de 2015, relacionada a fatores políticos e econômicos,
o Brasil continua ocupando a terceira posição mundial, sendo o segundo lugar em consumo de produtos destinados
aos cabelos
2
.
Cosméticos são produtos naturais ou sintéticos que têm entre suas funções higienização corporal, proteção, odorização
e embelezamento. Dentro desta classe, os alisantes são produtos que alteram temporariamente a estrutura dos
cabelos, alisando; relaxando; amaciando ou reduzindo o volume dos cabelos de maneira mais ou menos duradoura,
podendo se apresentar com denominações variadas: amaciantes, relaxantes e desfrisantes
3
.
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As substâncias ativas dos alisantes agem diretamente sobre a estrutura do o de cabelo, mais precisamente na região
do córtex, rompendo as ligações dissulfeto, tornando a bra momentaneamente deformável e sem elasticidade. Em
seguida, as mesmas são xadas de forma desejada pela reconstrução das ligações por aplicação de um agente
neutralizante, realocando a queratina dentro do córtex, reorganizando as escamas da cutícula capilar e selando o o
do cabelo
4
.
Conforme Resolução nº 335 de 22 de julho de 1999 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
5
, que trata
da segurança no uso de produtos higiene pessoal, cosméticos e perfumes, inclui os alisantes na categoria 2, isto é,
entre aqueles potencialmente tóxicos para o organismo humano. Dentre os agentes alisantes autorizados pela Anvisa,
os mais comumente utilizados são: tiglicolato de amônio, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio,
hidróxido de lítio e guanidina. Contudo, em virtude de baixo custo e de aparentes bons resultados, tem-se utilizado o
formol (ou formaldeído) na composição desses produtos. Esta substância reconhecidamente oferece sérios riscos à
saúde
6
.
Assim, a ANVISA publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 36 de 17 de junho de 20096, a qual proíbe
a comercialização do formol (solução a 37%) em estabelecimentos como drogarias, farmácias, supermercados,
empórios, lojas de conveniências e drugstores. Manteve, no entanto, o uso até a concentração de 0,2% como
conservante
7
.
Apesar da regulamentação, o uso do formol e danos à saúde de clientes e de prossionais cabeleireiros tem sido
relatado na mídia e na literatura especializada
4,8,9
. Dessa forma, o trabalho buscou determinar como os meios de
comunicação apresentam o uso de formol na estética capilar. Além disso, tentou-se reconhecer a percepção de
um grupo de prossionais cabeleireiros da cidade de Petrópolis-RJ sobre riscos do uso de formol para si e para os
clientes, além de buscar evidência do real uso dessa substância nos estabelecimentos comerciais visitados a partir da
triagem da presença na substância em produtos fornecidos por estes salões de beleza.
Métodos
A pesquisa é exploratória e descritiva, desenvolvida a partir da documentação indireta por meio de fontes primárias e
secundárias de matérias jornalísticas relacionadas a casos reais de exposição e uso do formol, seus riscos à saúde e
resultados. O levantamento das informações veiculadas foi feito a partir de sites de busca, utilizando-se as matérias
oriundas de portais de notícias e sites de jornais: G1; Rede Globo-Fantástico; R7; Correio de Urberlândia; Folha de
São Paulo; Jornal da Cidade; Revista Isto É; Portal Vila Mulher; Fala Cidade/SBT. Os termos de busca foram risco;
formol; alisamento capilar; intoxicação e acidente. As buscas limitaram-se a dezoito matérias publicadas após o ano
de 2007.
A medida que foram analisadas as notícias, surgiram dúvidas sobre o conhecimento de prossionais cabeleireiros a
respeito do formol. Desta forma, no segundo semestre de 2014, pesquisa de opinião com sete perguntas relacionadas
à atividade prossional foi respondida anonimamente por 12 prossionais cabeleireiros, do município de Petrópolis-
RJ, Brasil. As questões buscavam determinar o grau de instrução, o conhecimento sobre a presença ou adição de
formol em produtos alisantes, o conhecimento dos riscos à saúde ocasionados pelo uso do formol e a relação que os
prossionais faziam entre o uso e ocorrências clínicas neles próprios ou em seus clientes.
Os resultados das quatro primeiras perguntas objetivas foram simplesmente totalizados e apresentados no texto ou
dispostos em tabelas. As respostas abertas das três últimas questões foram analisados através de representação
gráca por nuvens de palavras criadas pelo site https://tagul.com.
Na ocasião do inquérito, foram também solicitadas amostras de alguns produtos utilizados para a determinação
qualitativa do formaldeído. Foram cedidas por três prossionais cabeleireiros 12 amostras de produtos. A análise
qualitativa, triagem, baseia-se no conhecimento de que o formaldeído livre ou combinado, quando superior a 0,01%,
em meio sulfúrico, na presença do reagente de Schiff, indica a coloração rósea ou malva
10,11
.
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Para esta análise, foram pesadas em duplicada, em uma balança semi-analítica de precisão de 0,01 g, aproximadamente
2 g das amostras de alisantes capilares em coletores universais estéreis. Após a pesagem foram adicionadas duas
gotas de ácido sulfúrico 1M e 2 mL de reagente de Schiff. As amostras que apresentaram coloração rósea ou malva
foram consideradas positivas, isto é, com dosagem de formaldeído superior a 0,01%
10-13
.
O reagente de Schiff foi preparado diluindo-se 100 mg de fucsina em 75 mL de água destilada a 80°C. Após o
resfriamento, acrescentou-se 2,5 g de sulto de sódio heptahidratado e completou com água destilada até 100 mL em
um balão volumétrico
10-13
.
Resultados
A Tabela 1 apresenta vinte notícias veiculadas na grande mídia entre 2007 e 2016 sobre os riscos do uso do formol na
estética capilar, as notícias foram localizadas a partir de sites de busca.
Segue a descrição pormenorizada das principais notícias entre as selecionadas: o Portal G1 em 21 de março de 2007
(Tabela 1 – Notícia 3)
14
relatou que na cidade de Porangatu-GO, uma dona de casa de 33 anos veio a óbito três dias
após fazer uma escova progressiva para alisar o cabelo. De acordo com a família da vítima, ela ainda estava com
uma mistura de creme e formol nos cabelos quando reclamou de forte dor de cabeça e diculdade para respirar. A
suspeita inicial foi de intoxicação com o produto que fora aplicado. Amostras do produto foram encaminhadas para
análise. A biopsia foi feita na dona de casa, relatando que havia formol em seu cabelo e vísceras, mas o resultado foi
inconclusivo, pois os peritos relataram que o formol ali presente era devido à preparação do corpo para o enterro, já
que os exames foram realizados após exumação, alguns dias depois do enterro.
Ainda no ano de 2007, na cidade de Anápolis, em Goiás, a Vigilância Sanitária recebeu denúncia de que salões de
beleza estariam utilizando o formol. De acordo com a notícia, publicada no Portal G1 (Tabela 1 – Notícia 2)
15
, o órgão
recebeu várias denúncias nos 15 dias anteriores ao fato. Na notícia, também é descrito o caso de uma mulher que não
quis se identicar, relatando que seu cabelo caiu após fazer uma escova progressiva.
Tabela 1 - Principais notícias sobre os riscos do uso do formol na estética capilar obtidas a partir de busca na internet
conforme descrito em material e métodos, divulgadas em meios de comunicação entre os anos de 2007-2016.
Mídia Título da notícia Data
1 Portal Vila Mulher Jennifer Aniston corta cabelo após desastre com escova
progressiva
16
Não divulgada
2 Portal G1 “Escova” causa queda de cabelos em mulher
15
03/03/2007
3 Portal G1 Mulher morre após tratamento para alisar cabelo em GO
14
21/03/2007
4 Portal G1 Mais duas mulheres passam mal após “escova” em Goiás
17
26/03/2007
5 Portal G1 Escova de chocolate deixa mulher de cabeça inchada
18
27/03/2007
6 Portal G1 Peritos encontram formol no cabelo e nas vísceras de dona-de-
casa
19
23/04/2007
7 Portal G1 Anvisa alerta cabeleireiros sobre produto proibido
20
08/08/2007
8 Folha de São Paulo Menina de 11 anos sofre queimaduras durante alisamento de
cabelo em Sorocaba (SP)
21
20/01/2009
9 Portal G1 Salões de beleza usam formol acima do limite permitido, diz
UERJ
22
29/01/2009
10 Revista IstoÉ O nó da escova brasileira da América do Norte
23
15/10/2010
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11 Portal G1 Dona de casa sofre queimaduras após fazer escova progressiva
24
21/12/2010
12 Correio de
Urberlândia
Mulher é hospitalizada após escova progressiva
25
29/02/2012
13 TV Globo –
Fantástico
Conra o resultado completo de formol nas marcas analisadas
26
02/02/2012
14 TV Globo –
Fantástico
Formol é usado ilegalmente em salões de beleza para alisar os
cabelos
27
29/01/2012
15 Fala Cidade/SBT Formol cai na corrente sanguínea e destrói cabelo
28
15/11/2012
16 TV Globo –
Fantástico
Testes mostram que produtos para alisar cabelos ainda liberam
formol
29
03/11/2013
17 Portal R7 Adolescente morre depois de fazer escova progressiva em
Sergipe
30
28/02/2013
18 Portal R7 - Jornal da
Record
Perigo: alisantes com uso excessivo de formol podem provocar
sérios danos à saúde
31
26/01/2016
Em outro relato, também em Goiás uma técnica de enfermagem, de 30 anos, foi internada com a cabeça inchada,
dores e fadiga muscular, logo após ter feito uma escova progressiva com essência de chocolate (Tabela 1 – Notícia
5)
18
.
No ano de 2009, uma menina de 11 amos sofreu queimaduras no couro cabeludo, logo após alisar os cabelos em um
salão de beleza em Sorocaba-SP. De acordo com o relato, a menina que tem diabetes e hipertensão, teve irritação
nos olhos e falta de ar durante o alisamento. Os médicos que cuidaram da criança constataram que ela sofreu uma
intoxicação (Tabela 1 – Notícia 9)
22
.
No ano de 2010, em Santa do Sul, interior de São Paulo, uma mulher registrou um boletim de ocorrência, por sofrer
queimaduras no couro cabeludo ao fazer uma escova progressiva. De acordo com a notícia, a mulher relatou que
“sentiu um grande ardor e perguntou à moça do salão se poderia lavar, mas que a mesma garantiu de que ela poderia
lavar em casa e que, mesmo após sair do salão, continuou sentindo irritação no couro cabeludo” (Tabela 1 – Notícia
11)
24
.
Ainda de acordo com a notícia, o Dermatologista Alan Marques Ferreira, ressaltou que as queimaduras (Figura 1)
ocorrem quando o produto é aplicado em quantidade errônea ou por alergia ao produto.
Figura–QueimadurascausadaemclientedesalãodebelezadacidadedeSantaFédoSul,apósousode
escovaprogressiva24
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Na cidade Uberlândia-MG, o jornal Correio de Uberlândia noticiou que (Tabela 1 - Notícia 12)
25
uma mulher de 31 anos
procurou o hospital após fazer uma escova progressiva. Ela teve uma reação alérgica ao formol e relatou sintomas
como dores de cabeça, inchaço no corpo e coceiras no couro cabeludo.
Na cidade Uberlândia-MG, o jornal Correio de Uberlândia noticiou que (Tabela 1 - Notícia 12)
25
uma mulher de 31 anos
procurou o hospital após fazer uma escova progressiva. Ela teve uma reação alérgica ao formol e relatou sintomas
como dores de cabeça, inchaço no corpo e coceiras no couro cabeludo.
Já no ano de 2012, foi relatado o caso de uma comerciante, que reagiu de forma exacerbada a uma intoxicação por
formaldeído. O alergista Juliano Coelho Philippi armou que “Ela deu entrada na emergência do hospital e que estava
com a face inchada e com feridas no couro cabeludo, perdendo parte do cabelo”. Ainda internada, a comerciante fez
vários testes alérgicos, no quais, ainda de acordo com o alergista, foram aplicadas 40 substâncias, resultando positivo
para formol. A comerciante ainda relata que tinha medo de morrer, enquanto esteve no hospital (Tabela 1 Notícia
14)
27
.
Em Sergipe, no ano de 2013, uma adolescente de 13 anos veio a falecer por parada cardiorrespiratória, após fazer
uma escova progressiva, conforme relatado pelo Portal R7 (Tabela 1 - Notícia 17)
30
. A família informou que o evento
fatídico ocorreu no mesmo dia em que fez a escova com produto que continha formol.
Nesse mesmo ano, como relatado pelo portal de notícias G1 (Tabela 1 Notícia 16)
29
, o programa fantástico apresentou
análises realizadas por laboratório da UFRJ em produtos de escova progressiva de várias marcas. Essas análises
buscavam vericar a quantidade de formol presente nos produtos. Foram analisadas 12 amostras, estando sete delas
acima do valor permitido pela Anvisa (Tabelas 2 e 3). Algumas das marcas testadas contestaram a análise.
Tabela 2 - Produtos reprovados em teste de quantitativo de formaldeído realizado por laboratório da UFRJ e
apresentado pelo Programa Fantástico da TV Globo em 2013
29
Marca Quantidade de formol (%)
Vitalise Prossional Papaya Tratamento 4,99%
Termo Reduction system reduction + intelligent turmalina step
2 (Onyx NX professional)
3,75%
Gloss Finalizador (Linha Eagle CosmésticosProsionais) 3,92%
LissPerfect 3,1%
Thermo Hair (Alfatrat linha intelege) 2,7%
Bottox 2,17%
Algo Mais O Beauty 0,38%
Tabela 3 - Produtos aprovados em teste de quantitativo de formaldeído realizado por laboratório da UFRJ e apresentado
pelo Programa Fantástico da TV Globo em 2013
29
Marca Quantidade de formol (%)
SalonLine Prossional Inferior a 0,07%
Exxa Marroquina Inferior a 0,07%
Nutretrat Prossional Leave-ondefrizante Inferior a 0,07%
Zene ProgressDefrizagem Restauradora Inferior a 0,07%
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Quanto ao inquérito realizado com cabeleireiros, foi possível determinar que prossionais apresentam o seguinte
grau de instrução: 1 ensino superior completo (em administração); 6 ensino médio e 5 ensino fundamental. Esses
prossionais responderam às perguntas objetivas de acordo com o descrito na tabela 4:
Tabela 4 - Respostas às questões objetivas do inquérito realizado com 12 prossionais cabeleireiros.
Questão Sim Não
Preocupa-se em adquirir produtos sem formol na composição? 3 9
Utiliza produtos com formol? 10 2
Adiciona formol aos produtos para potencializar o efeito alisante? 6 6
Já as perguntas que permitiam respostas subjetivas, abertas, os resultados estão expressos conforme Figuras 2, 3 e
4, por meio de nuvem de palavras.
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Nove das 12 amostras cedidas pelos prossionais do município de Petrópolis-RJ mostraram-se positiva, isto é, com dosagem
maior do que 0,01%, na análise qualitativa, conforme gura 5.
Discussão
É bastante fácil localizar na mídia de massa, jornais, revistas e portais de notícias, algum tipo de informação sobre
o uso de formol na estética capilar. Estas reportagens, que tiveram seu auge em número no ano de 2007 (Tabela 1),
são denúncias do uso ilegal de produtos contendo formol ou da comercialização de produtos com dosagens acima da
autorizada pela ANVISA (Tabelas 2) em salões de beleza ou focalizam os riscos para a saúde humana, apresentando
casos concretos de lesões corporais e até morte após o uso desses produtos alisantes.
Quanto aos danos à saúde, são apresentados relatos de queda de cabelos, alergias e queimaduras. Contudo, o que
mais assusta, são as suspeitas de mortes causadas pelo formol. É certo que o formol após exposição aguda, com
absorção respiratória ou gastrintestinal ou simplesmente pelo contato com pele e mucosas pode provocar irritação e
sensibilidade imunológica imediata caracterizadas por coriza, coceira, falta de ar, tosse e dor de cabeça. A intoxicação
por uma dosagem de 50 – 100 ppm pode levar à morte. Através da exposição crônica, o formol é reconhecidamente
carcinogênico, provocando, sobretudo tumores de nasofaringe e leucemias
3,32-34
.
Como as mídias são hoje um dos principais produtores de representações sociais, as quais, para além de seu
conteúdo como falso ou verdadeiro, têm função pragmática como orientadoras de condutas dos atores sociais35, era
de se esperar que a intensa exposição desses riscos tenha sido capaz de levar à redução do uso. Talvez essa redução
pudesse ser vislumbrada na redução do número de notícias de casos nos últimos anos.
Todavia, quando são avaliadas as respostas ao inquérito (Tabela 4), verica-se que da grande maioria dos entrevistados
diz não se preocupar em adquirir produtos sem formol na composição (75%), percentual ainda maior arma que usa
produtos com formol (83%). Ainda mais preocupante é perceber que 50% dos participantes armam adicionar formol
por conta própria aos produtos colocando em risco sua própria saúde e a dos clientes.
Na verdade, esse resultado apesar de trazer preocupação não traz novidade. Pesquisa realizada em Porto Alegre-
RS mostrou que prossionais de salões de beleza não têm conhecimento sobre a legislação sobre o uso e riscos do
formaldeído, além de não utilizarem os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários
36
. Já em outro estudo
realizada em Maringá-PR, cou claro que os cabeleireiros utilizam produtos com formol sem saber perfeitamente o
funcionamento do produto e os riscos que acarreta
37
.
A falta do conhecimento adequado sobre o funcionamento e mesmo sobre os EPIs necessários pode estar relacionada
à formação dos prossionais. A esmagadora maioria (92%) possui apenas Ensino Fundamental ou Médio. A que se
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lembrar, no entanto, que cursos de cabeleireiro demandam nível médio ou não requisitam grau de instrução especíco.
Além disso, muitos cabeleireiros ainda são pessoas que aprenderam a prossão na prática, pois não exigência
legal do curso de formação
38
.
Por outro lado, os consumidores também não se preocupam com a utilização de produtos que sigam as normas da
vigilância sanitária, ou sequer, lembram que produto foi utilizado nos tratamentos capilares pelos quais passaram
32
.
Além disso, a maioria não conhece os riscos da utilização do formol na estética capilar
39
. Na tentativa de minimizar
esse desconhecimento, o Estado do Rio de Janeiro publicou a lei nº5.409/09, obrigando os salões de beleza do
Estado a informar em cartaz axado em local de fácil visualização o texto: “O uso de formol nos tratamentos capilares
é proibido e causa males à saúde. Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do Rio telefone
0800 282 7060”
40
.
Diferentemente do observado por Tisolin e Zanoli
37
, que os prossionais entrevistados apontam corretamente alguns
riscos da utilização do formol para a saúde dos clientes e para suas próprias
3,32-34
. A análise das respostas abertas
através da ferramenta denominada nuvem de palavras apontou como predominante os riscos de câncer, enjoo, dor de
cabeça, seguido por irritação nos olhos, alergia e queimadura.
A mesma análise permite vericar um certo equilíbrio entre as respostas ao questionamento sobre terem sentido
algum efeito desagradável relacionado ao uso do produto ou se tinham conhecimento de relatos de clientes com
algum desses efeitos. Apareceram sobretudo as expressões dor de cabeça, falta de ar e ardência nos olhos e na pele.
Também de acordo com os sintomas descritos na literatura para a exposição aguda ao formol
3,32-34.
Por m, ao se realizar a triagem de formol nas amostras de produtos alisantes cedidas pelos prossionais e vericara
que 9 em 12 resultaram positivo, constata-se que, a despeito da legislação, muitos produtos ainda apresentam formol
em sua composição. É claro que o limite de detecção da técnica é de 0,01%, bem abaixo do 0,2% estabelecido como
limite pela resolução 162/01 da ANVISA, mas ressalta-se que este método de triagem é preconizado pela ANVISA10
e os resultados positivos são suspeitos de estarem fora dos padrões.
Conclusão
Assim, reconhece-se que apesar da regulamentação e de algum conhecimento dos riscos à saúde por parte dos
prossionais cabeleireiros, o uso do formol em produtos para alisamento continua sendo feito, contribuindo para
a prática de crimes. Foi possível detectar essa substância em alguns produtos recolhidos em salões da cidade de
Petrópolis-RJ, Brasil. Apesar disso, vem ocorrendo certa redução na divulgação de casos de intoxicação aguda por
formol após uso em produtos para estética capilares nos últimos dez anos.
Referências
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(parte 1). Surg Cosmet Dermatology. 2009;3(1):130–6.
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2015. 255 p.
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Alisantes Capilares. Cad da Esc Saúde. 2011;1(4):46–63.
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aspects, potential risks to hair bre and health and legal issues. Int J Cosmet Sci. 2014 Feb;36(1):2–11. DOI: http://
dx.doi.org/10.1111/ics.12093
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5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução no 335 de 22 de julho de 1999. Estabelece a reorganização do
sistema de controle sanitário de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Brasilia: Diário Ocial da União;
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2009;